domingo, dezembro 29, 2019

::: Alice no País das Maravilhas :::
Lewis Carrol

"Amas-me? Perguntou Alice.
Não, não te amo! Respondeu o Coelho Branco.
Alice franziu a testa e juntou as mãos como fazia sempre que se sentia ferida.
Vês? Retorquiu o Coelho Branco.
Agora vais começar a perguntar-te o que te torna tão imperfeita e o que fizeste de mal para que eu não consiga amar-te pelo menos um pouco.
Sabes, é por esta razão que não te posso amar. Nem sempre serás amada Alice, haverá dias em que os outros estarão cansados e aborrecidos com a vida, terão a cabeça nas nuvens e irão magoar-te.
Porque as pessoas são assim, de algum modo sempre acabam por ferir os sentimentos uns dos outros, seja por descuido, incompreensão ou conflitos consigo mesmos.
Se tu não te amares, ao menos um pouco, se não crias uma couraça de amor próprio e de felicidade ao redor do teu Coração, os débeis dissabores causados pelos outros tornar-se-ão letais e destruir-te-ão.
A primeira vez que te vi fiz um pacto comigo mesmo: "Evitarei amar-te até aprenderes a amar-te a ti mesma!"

quinta-feira, setembro 12, 2019

::: 5 Fases do término de uma relação amorosa :::
Frederico Mattos

Há cerca de 30 anos a médica Elisabeth Kubler Ross resolveu ir além de onde os médicos iam. Ela estudou a morte e como os paciente reagiam diante de doenças terminais. Ela chegou numa teoria que se popularizou elencando 5 fases que uma pessoa passa na hora do luto ou eminência da morte.

Um relacionamento também é passa por um luto, afinal não deixa de ser a morte de uma identidade de namorado, marido ou amante. Vamos a elas.

Negação

No primeiro momento que uma relação acaba seja iniciado por você ou a outra pessoa, vem uma fase de negação e aparente coragem. Parece q está tudo bem e você reage bem.

Consegue contar para as outras pessoas que até estranham como você se recuperou bem.

Como está? Estou bem , estou bem, estou bem, estou bem. Quantas vezes mais vai dizer que está?

Nessa fase não adianta falar ou aconselhar, pois é o choque inicial à nova situação.

Raiva

Passado o choque inicial surge uma fúria repentina. Essa raiva vem acompanhada da necessidade de acusar a outra pessoa ou quem quer que tenha surgido como explicação para o término.

Nessa hora a pessoa liga para a outra, exige explicações, joga tudo na cara. Devolve os presentes, queima os bilhetes e fotos e fala mal da pessoa.

Essa fase é perigosa pois costuma ser bem nociva para o ex-casal, mas algumas pessoas se abastecem da raiva para se sentirem fortes. Mal sabem que estão em cacos!

Barganha

Nessa fase parece que a mente tenta fazer acordos para ter de volta o relacionamento. Padres, pastores, pais de santos são consultados oficialmente, quando não as mandingas e cartomantes. Essa é a fase que você promete mudanças bruscas no comportamento.

Nessa fase você fica gentil, dócil, amiga e pronta para perdoar a si e ao outro a fim de que tudo fique bem. Deus costuma ser o consolo ideal nessa fase, pois aumenta a quantidade de preces feitas para trazer o amor de volta.

Depressão

Depois vem uma fase de derrota, culpa, autoacusações e sentimetno de desprezo e apatia por tudo. A identidade da pessoa vai diluindo drasticamente. Nessa hora as músicas de fossa ganham destaque.

O choro consvulsivo aumenta e a vontade de desaparecer é insulportável. Angústia e medo são amigas nessa fase. Conhecer outra pessoa é um remédio intragável. Tudo lembra o ex, qualquer lugar, som, cor e cheiro.

Aceitação

 Por fim, após reciclar seus sentimentos começa a nascer um pouco do sol de novo. Aquela sensação de conforto começa a despontar no horizonte. Os olhos começam a reparar em novas paisagens e lentamente a vitalidade ressurge.

A pessoa começa a posicionar o ex no lugar que merece. Sem acusação ou culpa, apenas constatação de um término que não foi culpa d eninguém, mas apenas um espaço que se extinguiu.

Enfim, as fases nem sempre se dão nessa ordem e cada pessoa sofre uma pequena nuance diferente delas. Mas esse texto nos dá uma direção e uma pequena luz no fim do túnel. Por mais dolorosa que seja uma perda, sempre há um momento em que recolhemos os cacos e seguimos em frente.

quinta-feira, fevereiro 07, 2019

::: A Lição da Rolha :::

Um supervisor visitou uma escola fundamental. Em seu trajeto, observou algo que lhe chamou a atenção: Uma professora estava entrincheirada atrás de sua mesa na sala de aula. Os alunos faziam a maior algazarra. O quadro era caótico. Deciciu, então, se apresentar:
- Com licença, sou o Supervisor... Algum problema?
- Estou completamente perdida, senhor. Não sei o que fazer com estas crianças... Não tenho lâminas de apresentações, não tenho livros, o ministério não envia sequer o mínimo material didático, não tenho recursos eletrônicos, não tenho nada novo para lhes mostrar, nem o que lhes dizer.
O Supervisor, que era um docente de alma, viu uma rolha sobre o escritório, a tomou e, com serenida oriental, falou com as crianças:
- Alguém sabe o que é isto?
- Uma rolha!!! - Gritaram os alunos surpresos.
- Muito bem! E de onde vem a rolha?
- Da garrafa. Uma máquina as coloca. - De uma árvore, da cortiça, da madeira - respondiam as crianças animadas.
- E o que dá para fazer com a madeira? - continuava entusiasta o docente.
- Cadeiras, uma mesa, um barco...
- Muito bem, então teremos um barco. Quem se anima a desenhá-lo? Quyem faz um mapa na lousa e indica o porto mais próximo para o nosso barquinho? Escrevam a qual Estado brasileiro coresponde. E qual é o outro porto mais próximo que não é brasileiro? A qual país corresponde? Alguém lembra que personagens famosos nasceram ali? Aleguém lembra o que produz esse país? Por acaso, alguém conhece alguma canção desse lugar? E assim começou uma aula variadíssima de desenho, geografia, história, economia, música etc.
A professora ficou muito impressionada. Quando a aula terminou, comovida, disse ao Supervisor:
- Senhor, nunca esquecerei a valiosa lição que hoje me ensinou. Muitíssimo obrigada!!!
O tempo passou. O Supervisor voltou à escola e procurou pela professora. A encontrou novamente encolhida atrás da mesa em sua sala de aula.
Os alunos, outra vez, em desordem total.
- Mas, professora, o que houve? Lembra de mim?
- Mas é claro, como poderia esquecê-lo? Que sorte que o senhor voltou. Não encontro aquela rolha. Onde a deixou?

Moral da história: Quando alguém não tem vocação para o que deve realizar, nunca vai achar a rolha!

segunda-feira, novembro 12, 2018

::: A Teoria do Pote :::
Laura Pires

Relacionamento requer boa vontade. É preciso entender que pessoas são diferentes e dão graus diferentes de importância às coisas. Algo que não significa nada pra você e às vezes nem passa pela sua cabeça pode ser muito importante pra outra pessoa e vice-versa. É preciso querer entender essas diferenças e respeitá-las.

Quando conheci meu namorado, muito antes de me interessar por ele, ele era casado. Um dia, em grupo, alguém falou que “mulher adora pote”. E ele disse que sim, que a esposa dele vivia reclamando que ele perdia potes. Contou que jogava futebol todo domingo e levava pão de alho num pote. Às vezes, esquecia de levar o pote de volta pra casa e pra sempre estava perdido o pote. Ela reclamava e ele não entendia por quê:

— Cara, é só um pote. Com dois reais você compra outro no Mercadão de Madureira!

Todos riram e concordaram. Onde já se viu ligar tanto pra um pote? Na época, não tínhamos intimidade nenhuma e por isso fiquei quieta.

Corta para o nosso segundo encontro, meses depois. Em algum momento, nos lembramos da história do pote. Falei:

– Olha, eu não quis dizer nada antes, porque não quis me meter, mas posso falar? Você tá errado.

– Como eu tô errado?! É só um pote! — Ele estava inconformado. Prossegui:

– Pra você é só um pote. Pra ela não é. Não interessa que você pode comprar outro com facilidade depois e repor, não interessa que é barato. O que interessa é que ela te pedia o pote de volta e você nunca lembrava. Era algo importante pra ela. E você viver esquecendo o pote mostra que você não dava importância pro que era importante pra ela. Você não precisa concordar que o pote é importante, você não precisa entender por que o pote é importante. Mas, se uma pessoa que você ama acha algo importante, você faz a gentileza de dar importância também.

Ele ficou embasbacado. De lá pra cá, lembramos sempre da história do pote. Somos pessoas muito diferentes, então é muito útil lembrar disso: mesmo não entendendo certas coisas um do outro, se nos amamos, devemos respeitar e agir de acordo.

É aquela história clássica da toalha molhada em cima da cama. Tudo começa como um pequeno incômodo: você não gosta que a toalha molhada fique largada em cima da cama e seu/sua companheiro/a vive esquecendo de colocá-la no lugar. Com o tempo, são tantas vezes que você tem que reclamar — ou desistir — disso, que deixa de ser sobre a toalha e passa a ser sobre a pessoa não te ouvir, não tentar te agradar, não dar atenção ao que você quer etc. Isso se torna um poxa, que que custa botar a toalha no lugar, sabendo que vai me aborrecer deixar em cima da cama, que facilmente leva a um ele/a não liga pra mim.

Talvez isso esteja soando dramático e categórico demais. Não quero dizer que esquecer das coisas significa que não ama de verdade. O que estou dizendo é que um esforço mínimo para se lembrar de coisas que são importantes para a pessoa com quem você se relaciona — e não apenas das que são importantes para você — pode melhorar muito a qualidade de um relacionamento. Fazer pela pessoa o que ela acha importante, mesmo que você não ache, é uma forma crucial de cooperação — e evita muita dor de cabeça. É uma questão de fazer a pessoa perceber que você se importa com o que ela pensa, sente, quer, prefere.
Esquecer os potes toda semana só porque não concorda que potes importam é toda semana passar por cima dos sentimentos de quem não queria perder esses potes. Imagina o desgaste que é, toda semana, não se sentir ouvida/o.

Nenhuma relação sobrevive se você não se preocupa em lembrar dos potes.

quinta-feira, outubro 04, 2018

::: A Tainha e a Barracuda :::
Andrew Matthews

Ao alegar suas limitações, as pessoas dizem: “eu não posso fazer tal coisa porque…” E, a desculpa comum é do tipo – "é assim que eu sou". Mas, a verdade mais provável é: "é assim que eu penso que sou". Nós podemos aprender sobre nossas crenças estudando os peixes… Compre um aquário e divida-o pela metade com uma parede de vidro transparente. Depois arranje uma tainha e uma barracuda – peixe que come tainha. Ponha cada um de um lado e, no mesmo instante a barracuda vai avançar para pegar a tainha só que… bumba!… entra de cara na parede de vidro. Ela vai recuar e atacar outra vez e… bumba!… Em uma semana a barracuda vai estar com o nariz bem inchado e, percebendo que caçar tainha é sinônimo de dor, acaba desistindo. Aí, removendo a parede de vidro sabe o que acontece? Ela passará o resto da vida no seu lado do aquário; será até capaz de morrer de fome, mesmo tendo uma bela tainha nadando a poucos centímetros dela. Ma
s como conhece seus limites não vai ultrapassá-los. A história da barracuda é triste? É...sim. Pois essa é também a história de todo ser humano.

Nós não colidimos com paredes de vidro, mas colidimos com professores, pais, filhos, amigos que nos dizem o que nos convém e o que podemos fazer. Pior ainda, colidimos com nossas próprias crenças – são elas que delimitam nosso território, é isso que alegamos para não ultrapassar os limites… Ou seja, criamos nossas gaiolas de vidro e pensamos que é realidade. Na verdade é apenas aquilo em que nós acreditamos… Quase todos nós temos uma história, e nos rotulamos… "eu sou professor", "eu sou avó", "eu sou mãe", "eu sou marido", eu sou…eu sou...eu sou...isto ou aquilo, eu sou... Essa nossa história é como um programa de computador instalado entre nossas orelhas, que nos controla a vida… Nós o levamos ao trabalho, nas viagens de férias, nas festas… enfim passamos a vida tentando nos adaptar à história… Tentar ajustar-se a uma história torna qualquer um infeliz… Eis então a dica: você não é a sua história e ninguém dá a mínima para isso. Você não pertence a uma categoria, a um compartimento. Você é um ser humano justamente porque tem uma série de experiências. E, quando você parar de arrastar uma história por aí, você vai ser muito mais feliz.

sábado, janeiro 07, 2017

::: Este é o tipo de amor que você merece :::
Luiza Fletcher

Você merece alguém que responde suas mensagens, sabe? Alguém que quer você, só você, e faz você se sentir querida. Alguém que não pode evitar te mandar mensagem assim que acorda, quando a luz do sol é fraca através da cortina.

Alguém que quer passar suas noites de sexta-feira bêbado com você, mas também seus domingos preguiçosos. Alguém que coloca seu guarda-chuva bem acima de você, para que você fique protegida, mesmo que isso signifique que ele fique encharcado.

Você merece alguém que pensa em você, muitas vezes. Alguém que te liga no final de um longo dia, porque quer ouvir o som de sua voz antes de cair no sono. Alguém que faz planos com você em uma terça-feira à noite, porque o fim de semana está muito longe, e quem se importa se terão de ir trabalhar no dia seguinte. Alguém que diz “claro”, não “talvez.

Você merece ouvir uma música no rádio e se derreter ao pensar neste alguém. Alguém que pode te ver dormindo por horas, e ficar perfeitamente satisfeito na graça e quietude desse momento. Alguém que rouba um beijo nos momentos mais inesperados.

Você merece alguém que desafia vocês dois constantemente; alguém que faz você se esforçar para ser melhor a cada dia, porque ele está tentando ser melhor também. Alguém com quem você pode contar quando tudo der errado. Alguém que vai escolher ficar com você, sempre. Você merece magia, fogos de artifício e confetes explodindo em seu céu. Você merece alguém que será sempre cuidadoso com o seu coração, porque sabe o quão frágil ele era antes de segurá-lo. Alguém que acorda ao seu lado sentindo-se abençoado e pensando o que fez para merecer você.

Você merece a atenção completa de alguém. Alguém que olha para você, e realmente te vê, e toda a beleza que você tem. Você merece ser a primeira escolha de alguém. A melhor amiga de alguém. Um parceiro. Você merece ser amada; e amada extraordinariamente bem. E ouvir que é amada, todos os dias.

Menina linda, você merece nada menos que esse tipo de amor.

quarta-feira, janeiro 04, 2017

::: Não se apaixone por mim :::
Milene da Mata

Não se apaixone por mim, talvez você não saiba como lidar. Eu tenho dias difíceis, e se você se apaixonar terá que entender em mim o que nem eu mesma entendo.
Eu sou bem complicada, sabe! Eu vou chorar só pra você me consolar, vou duvidar pra você me jurar, vou dizer que quero ir embora pra você me pedir pra ficar. Eu brigo, bato o pé e faço cara de que não gostei. Você terá que me surpreender com ligações no meio do dia e não poderá esquecer de me dar boa noite. Terá que segurar a minha mão, mexer no meu cabelo e reparar quando eu estiver chateada, mesmo que eu não diga uma palavra. Por isso eu digo, não se apaixone por mim, eu vou querer escolher o filme, o seriado, e durante a novela você não poderá mudar de canal. Eu sou dessas que vai querer te cobrir em uma noite fria só para ficar te observando enquanto você dorme. E não é apenas isso, eu vou fazer graça pra você dar risada, vou pegar o seu moletom emprestado e começarei a te incluir nos meus planos.
Quando você perceber, eu já estarei fazendo amizade com os seus amigos, te chamarei por apelido e estarei presente no próximo jantar de família. Pense bem, este é um caminho sem volta. Também tem outra coisa, eu não sei usar máscaras e detesto pisar em ovos, não quero ter que ficar me explicando o tempo todo, nem escondendo o que eu sinto. Então estou avisando, é melhor não se apaixonar por mim, eu vou tomar as suas dores e não vou disfarçar que não gosto de quem não te trata bem.
Fique você sabendo que eu não sou nada fácil, dizem por aí que meu gênio é forte, mas é teimosia mesmo! Não se apaixone por mim, porque eu posso me apaixonar por você também. E aí, meu bem, eu não vou querer saber de mais ninguém.

quarta-feira, setembro 28, 2016

::: Ela é taurina, rapaz :::
Mariana Purificação

Teimosa, mandona e orgulhosa ou você quis dizer, taurina? É ela mesmo, que chega devagarinho até conseguir dar o bote. Eita imaginação que vai longe, com um olhar já consegue desenhar um futuro a dois e todos os diálogos em ordem certa, até chegar a hora da ação que ela se bagunça no seu próprio script. Observadora de ficar tentando deduzir o que cada pessoa esconde com simples gestos e ao  mesmo tempo desligada e não reconhecer alguém com quem estudou a vida inteira porque olhava pela janela escutando uma música e fazendo mais mil planos na cabeça. Com tanta coisa na cabeça, tanta coisa pra lembrar, ela vive se esquecendo das coisas. Agradece aos amigos e redes sociais por lembra-la dos afazeres que não esquece de propósito, é que no caminho ela viu algo mais interessante que lembrou de um lugar em que ela foi e conheceu....e por aí vai.

Tão confusa e ao mesmo tempo tão decidida do que quer. É que ela tem medo de fazer as escolhas erradas e não conseguir voltar atrás. Porque orgulhosa do jeito que é, ela não aceita desistir. E quando ela acha que está certa, não adianta vir conversar que ela não vai dar o braço a torcer. Confia no próprio taco, simples assim e ganha as pessoas por essa personalidade forte. Quem a vê de longe já pensa que ela não é muito sociável, mas ache um assunto em comum que eu quero ver você faze-la parar de falar. A cara de séria se desfaz em dois segundos e eu te juro que enquanto você a acha durona pela aparência ela está se perguntando o que vai almoçar.

Adora fazer mil coisas ao mesmo tempo, se sentir atarefada mas não nega também o alívio que é ficar deitada com os pés pro alto sem precisar fazer nada. Odeia errar algo ou se sentir incapaz, por isso quando quer muito alguma coisa tem que ser perfeito. Gosta da clareza, não só nos relacionamentos, mas na vida. Não gosta de deixar tudo mais bagunçado do que ja é, então sempre mantém a sinceridade acima de qualquer coisa. Ela vai te ganhar no sorriso e na influência que causará na sua vida, porque ela tem repertório de livros, música e conhecimento que vai te deixar no chão. Não dispensa um frio na barriga, falou em aventura ela já coloca a mochila nas costas e vai sem medo, essa aí não tem medo de se arriscar. Vê o mundo como uma oportunidade gigante e abraça-o com a alma.

Ela é decidida e rápida, puxa logo o gatilho. Ela até vai querer fazer um joguinho aqui e outro ali no começo, até se cansar. Se ela estiver afim de verdade vai dizer com todas as palavras porque ela detesta enrolação. Mestre na arte de marcar as coisas com semanas de antecedência e quando chega o dia se sentir desanimada e se perguntar porque marcou tal compromisso e mesmo com toda a preguiça, ela vai. Vai, porque detesta em quem fala e não cumpre e segue a risca o modelo de não fazer com os outros o que não quer que seja feito consigo mesma. Então ela abre o coração. E se arrepende. Dá mais uma chance para você entrar nele e fecha com sete cadeados. Se você entrou, você vai desvendar a mulher incrível que ela é, sensata, humilde, engraçada nas horas vagas e vai sempre ter um assunto para puxar.


Ela é presa aos detalhes, a sua imaginação, aos seus planos e a ideia de ter o mundo na palma da mão. Ela gosta de acrescentar, de somar. Veste o traje desapegado, mas é tudo fachada, ela sente até demais. É que o orgulho dela sempre fala mais alto. Ela é taurina, rapaz quer ter o mundo, quer ter um pouco de tudo e se um dia ela te desejar, deixe-a ter. Uma garota dessas se você perde, não volta mais. 

domingo, agosto 28, 2016

::: A rejeição, suas marcas indeléveis e a absoluta necessidade de superá-las :::
Ana Macarini

Conexões afetivas são tão raras e belas, quanto inesquecíveis. Aquela sensação de pertencimento e liberdade ao mesmo tempo; aquela certeza de ter um colo para dar e receber no final do dia; aquele conforto de saber que haverá quem nos ouça, por mais silenciosos que estejamos; aquela situação mágica na qual se conversa por meio de olhares, sem emitir uma única palavra… isso é tão extraordinariamente perfeito que eu me arriscaria a dizer que quase não passa de um sonho bom.
Os amores e as relações da vida real são indiscutivelmente imperfeitos, cheios de desafios e reviravoltas. Some-se a essa instabilidade a nossa teimosia em projetar no outro nossas mais íntimas e secretas necessidades, acrescente-se a isso a nossa falta de repertório afetivo que nos faz facilmente reféns de armadilhas sedutoras, tecidas de fantasias de amor ideal, romântico e cinematográfico.
O resultado desse descompasso entre realidade possível e idealização maravilhosa é o desencontro. Vivemos nos desencontrando… de nós mesmos, de nossas missões, de nossas possibilidades e formas bonitas de nos conectar com o outro. Vivemos nos esbarrando em expectativas que nos levam ao chão com a facilidade de um piso liso e ensaboado. Vivemos andando em ruas paralelas aos caminhos necessários às nossas vivências com potencial para serem transformadas em bem querer, intimidade e entrega consciente.
Mergulhados em tolas ilusões, entregamos nas mãos alheias o nosso destino. E ficamos assim, quietinhos, silenciosos e omissos, esperando que o outro nos desembrulhe e nos apresente a uma vida cheia de felicidade. Fechamos os olhos, apaziguados numa permissividade infantil e ingênua, crentes de que a nossa realização afetiva depende de sermos aceitos, afagados, incluídos e protegidos por outros braços, espaços e abraços que não os nossos próprios.
Encharcados de uma chuvinha intermitente de gotas de alienação emocional, abrimos mão de nos responsabilizarmos por nossa entrada, estada e retirada dos espaços afetivos daqueles que nos cercam. E, se não tomarmos consciência disso, em pouco tempo estaremos diluídos e aguados, incapazes de entender que a rejeição partiu de nós, em primeira instância. Em muitas situações, somos nós que determinamos se outro terá poder e permissão para nos rejeitar ou não.
A rejeição provoca marcas indeléveis na alma da gente. Por isso, precisamos emergir desse lugar de vitimização, para tomarmos posse de nossos corpos, mentes e sentimentos a fim de superar a dor de não termos sido escolhidos. Precisamos nos reencontrar com urgência, antes que sejamos tragados pela tentadora escolha de culpar os outros pela bagunça que nós mesmos causamos em nossas próprias vidas. Amar-se não é uma tarefa fácil, requer de nós coragem para nos concedermos os indispensáveis perdões e a leveza de alma que nos permita tirar das mãos alheias o direito de se desfazer de nós. "

domingo, fevereiro 21, 2016

::: 6 lições (de doer) que aprendi sobre o amor :::
Iandê Albuquerque 

1. SOBRE TÉRMINOS E GENTE QUE NÃO SOMA.


Se tem algo necessário que comecei a aprender e levar pra vida, foi desapegar do que não soma e superar términos. Costumo me envolver demais porque não consigo só conhecer.  Eu já conheci gente e não me agradei. Se agradaram de mim, mas não fiquei. Esperei demais, foram de menos. Me disseram que eu não era o que esperavam que eu fosse. Tentaram jogar pra mim uma culpa que não era minha, tentaram justificar os erros que cometiam com as minhas atitudes e esses erros se repetiam, decepções se acumulavam. Melhor não esperar o outro te fazer bem enquanto você não está bem consigo mesmo, o melhor é ficar bem com você mesmo e ficar só com quem realmente se sente bem quando está com você.  Passei por ótimas situações, sorrisos bem agradáveis, a saúde em dia e a saudade despertando na madrugada. Encontros bem sucedidos mesmo que o restaurante tenha sido péssimo. Conversas coerentes e só. Mas só isso sempre foi o suficiente pra que eu acreditasse que era pra ser, ou ao menos esperar que fosse.  Pra mim, sempre foi complicado aceitar um término. Aceitei vários depois que aprendi a respeitar as escolhas e os momentos dos outros. Isso não é questão de esforço, a gente precisa se esforçar por um relacionamento maduro, livre, e agridoce, não por alguém infantil, possessivo e amargo. Concordo que quando a gente ama, a gente precisa tentar e reconhecer o outro como um ser errante mais que pensante, mas simplesmente não dá pra se tornar saudade de alguém que nunca aparece. Se decidiu ir, boa sorte. Não estou aqui pra mudar só pra agradar alguém, estou aqui pra ser eu mesmo e agradar pelo que sou, não pelo que acham ou pelo que esperam de mim. Erro feito humano que sou, mas não tolero gente que não soma. 


2. SOBRE DECEPÇÕES


Desperdicei alguns dias e aprendi que não vale a pena sofrer em vão. Aproveitei o que não tinha aproveitado. Comprei mais do que podia, mas paguei. Me envolvi, mas não decepcionei. Me decepcionaram, mas superei. E aprendi que superar te trás novas formas e muda a tua visão pra enfrentar novos problemas, cê passa a meter o pé sem medo, a encarar a coisa e dar o outro lado do rosto.


3. VOLTAR OU NÃO VOLTAR COM O EX?


Tentei empurrar um relacionamento que já se afundava pra tomar um fôlego, resolver pendências e mais uma vez, tentar acertar os erros. Depois do fôlego, testei voltar. Troquei a possibilidade de deixar passar pra carregar mais uma vez o que não existia, até entender que não precisava continuar tentando tapar certos buracos, até entender que amar não é necessariamente permanecer, é desistir também. Às vezes, é bem melhor você deixar que o tempo realize o processo de cura, que voltar ao motivo da dor pra tentar curá-la com apego. Se tem um conselho que posso dizer sobre isso, é que não é uma boa escolha voltar com ex. Não é interessante reatar um relacionamento só porque você acredita que amar já basta e acha que será impossível encontrar outra pessoa que possa te amar tanto quanto você amou alguém, ou tanto quanto alguém te fez acreditar que te amava. Não importa o que o você pensa que o teu coração te diz sobre. Acreditar que aquele estalo é a voz do teu coração é um erro. Aquele estalo igual eco que retorna pra você é um aviso de que você está sozinho nisso. 


4. ENCONTRAR ALGUÉM PRA SOMAR OU COMPLETAR?


Amei de verdade, mas tive que deixar esse amor partir porque entendi que se não soma, melhor sumir. Desapeguei do que não conseguia e entendi que mesmo que a gente ame alguém é preciso abrir mão se não existem mais motivos pra ficar. Encontrei mais alguns sinônimos pro amor. Doar, compartilhar, somar e não completar. Comecei a discordar daquela frase que me disseram um dia: ”você precisa encontrar a metade da sua laranja”, saquei que não se trata de encontrar a metade pra se sentir completo porque eu nunca estive pela metade – apesar de se sentir assim em alguns casos – mas o importante mesmo é se sentir livre e entender que não existem metades perdidas por aí. Eu preciso mesmo é de alguém que some e ponto.


5. SEGREDOS


Fui apunhalado pelas costas, tive segredos contados e aprendi mais um pouquinho que existem segredos só meus e pensamentos que posso compartilhar. Que existem pessoas preparadas para ouvir e guardar o que eu digo mesmo que a gente se desentenda depois e pessoas que não estão preparadas para ouvir, muito menos guardar.


6. QUEM AMA, TAMBÉM DESISTE!


Por mais patético que seja admitir isso, passei muito tempo acreditando de verdade que, quem ama, jamais desiste! E escancarei bastante meu peito já tão surrado. Passei por poucas e boas. Tive meus sentimentos ignorados, fui escanteado. Levei gritos, gritei. Fui trocado, pensei em vingança, mas me ajuizei. Fui orgulhoso, foram egoístas comigo. Perdeu-se o respeito, o carinho e o afeto. Tive que perder bastante tempo e muito de mim pra entender que o amor não é um jogo. Se a gente não se dispõe em aceitar, respeitar, dedicar a nossa vida em troca da dedicação do outro, não adianta. Mesmo que com bastante dor, finalmente entendi com certa maturidade todos os porquês da desistência. E se esse ano não for suficiente pra você entender isso, espero que um dia você também entenda que quem ama desiste, quando se doar totalmente, quando amar descontroladamente alguém e esse alguém só te fizer sofrer. Um dia, você vai chorar e saber que por mais que você ame alguém, é preciso que o outro te ame e te queira bem também.

quarta-feira, janeiro 27, 2016

::: Sobre o amor : não mendigue :::
Luana Peres

Não mendigue amor, não peça pra gostar, não implore pra ficar. Amor fruto de mandinga e pena, não vale nem um poema. Ele é falso, triste, pesado, duro. A gente carrega achando que é o melhor que se pode ter e depois descobre que sem ele somos melhores. Somos livres, leves e abertos para esperar o que nos cabe e não o que, até agora, nos coube.
Atenção, carinho, respeito, desejo, amor...nada disso pode ser imposto, pedido e implorado, pois, na medida que mendigamos sentimentos, o sentir deixa de fazer sentido. Doar-se ao outro e a tudo que ele oferece deve acontecer sem regras, sem solicitações, sem restrições, sem indicações. Ele simplesmente deve acontecer!
(e inclusive deve também ter o direito de, talvez, nunca acontecer)
Mas aí demora, a gente dá uma forçada aqui, outra lá... Finge ver o que não existe, ouvir o que nunca foi dito. Nos esforçamos para acreditarmos em palavras tortas, carinhos pequenos, entregas restritas. A gente tapa a boca, pra não dizer o que grita; e os ouvidos, pra não ouvir aquela denúncia quase silenciosa de que não há amor. Só ilusão. Só o desejo. Só o seu desejo de ser amado.
Algumas pessoas passam anos amando de forma solitária e acreditando que o que sentem é suficiente para alcançar e dar conta do florescer no território infértil do outro. Elas projetam uma energia sem dimensão num projeto que começa fadado ao erro, a dor e ao fim.
A luta solitária e a rejeição de um primeiro amor fundamental: o próprio.
Viver uma relação onde há paixão, afeto, cumplicidade, respeito e querer de ambos já não é fácil, imagina quando todos estes sentimentos concentram-se apenas de um lado. Num pólo, o peso do querer irracional, do medo de ficar só e da insegurança que diz que você não pode ter mais. No outro, o vazio. Não dá pra saber o que é sentido na outra margem porque nossa querência exagerada não permite enxergar o desejo do outro.
A pessoa diz que não está feliz ao seu lado, que tem dúvidas, que anda perdido, que não pode assumir nada sério, que não sabe o que sente... e você, no ímpeto de uma onipotência absurda, toma as rédeas e se joga na batalha pra lutar por dois, aliás, por três. Você, o outro e o ideal de amor que você criou, mas nunca existiu.
Sobre o amor, não há muito o que dizer, mas é importante pensar que: amor a dois é pra ser compartilhado. Se for solitário, deve caber somente a uma pessoa: você.

sexta-feira, outubro 16, 2015

::: What Is Love :::
Veronika Bozeman

I would tell you that I love you tonight
But I know that I’ve got time on my side
Where you goin'? Why you leavin' so soon?
Is there somewhere else that’s better for you?

What is love if you’re not here with me?
What is love if it’s not guaranteed?
What is love if it just ups and leaves?
What is love if you're not here no more?
What is love if you’re not really sure?
What is love? What is love?

Tell myself I wouldn't cry when you're gone
But I know it's easier said than done
Look at me, look at me choked up now
Try to tell you but it won't come out

I can’t live without ya (I can’t live without ya)
I can’t live with ya (I can’t live with ya)
What goes around will come right back around
You won't know 'til it hit ya
We were supposed to be
We were supposed to be
We were supposed to be an empire

terça-feira, outubro 13, 2015

::: A VIDA TE DÁ SINAIS, ANTES DE TE DAR ALGUÉM… :::
Marcio Rodrigues 

Você quer alguém. Todos queremos.

O problema não é querer, é não saber enxergar quando se tem.

A vida dá um milhão de inacreditáveis sinais. Até irrita saber que muitas vezes simplesmente ignoramos. Às vezes por querermos tanto apenas aquilo que queremos e o que julgamos bom para nós, ao invés de valorizarmos o que temos e o que vida nos dá; às vezes pela insistência idiota em exergar migalhas de qualidades em pessoas que nos dão gigantes pedaços de dor.
A vida é clichê, mas não é previsível.

Isso quer dizer que é verdade aquilo de que “o que passou, passou”, mas nunca sabemos como vai passar.

Sabe aquela pessoa que não presta, mas que você insiste em dar atenção? Ok, vamos suavizar: sabe aquela pessoa que só visualiza suas mensagens mas que você insiste em continuar conversando? (ps: Essas pessoas não prestam! Mas, diga, quem nunca? Então também não prestamos? Hm…) E aquela então que parece te anular dos planos e sempre tem uma desculpa para as suas ideias sobre o que fazer no fim de semana? Aqui temos dois lados:  1) você sendo honesto e fazendo o que pode para convencer esta pessoa como a quer bem; 2) você sendo cego e não enxergando que merece muito mais do que isso, que merece alguém que te faça sentir como você sempre fez todo mundo se sentir, que merece viver partes boas da vida já que a coleção de partes ruins já está cheia.

E como é que isso acontece?

Talvez começando a reparar nos sinais que a vida te dá.

Pensemos na essência do viver: a vida não é baseada na sua rotina de trabalho, casa, estudo, fim de semana, raiva da segunda-feira, trabalho, casa, fim de semana, raiva da segunda-feira, etc.
A vida é baseada em acordar, tomar um bom café, vestir uma roupa que gosta, colocar uma música boa nos fones, ler um bom livro na ida ao trabalho, dar o seu melhor no trabalho, ter uma volta tranquila, reservar um horário para a família e amigos, todos os dias até o fim de semana chegar e aproveitá-lo como desejar, agradecer pela folga, se preparar para a segunda-feira, se lembrar dos sonhos para realizar e de como você precisa se dar bem no trabalho para isso, acordar na segunda, tomar um bom café e por aí vai.

Muito mais que momentos, a vida é feita de segundos.

É dentro de um segundo despretensioso que está o like daquela pessoa naquela sua selfie, é num segundo que está o seu like naquela foto que curtiu pensando “hm, gostei dessa”, é dentro daquele segundo de: “oi, vamos fazer algo hoje?”, é dentro daquele segundo de “beleza, vamos!” depois de um “oi, vamos fazer algo hoje?”, é dentro daquela mensagem que pode ser recheada de malícia como quem não quer nada, é dentro daquele elogio surpreendente ao invés de só uma palavra qualquer para chamar atenção. Ufa! São tantos segundos que vivemos, tantas chances para aproveitamos, tantos sinais que a vida dá, antes de nos dar alguém.

Dentro desse raciocínio cabe a você pensar: Será que está perdendo seu tempo com quem não quer aproveitá-lo com você ou está sabendo aproveitar seu tempo com quem comemora poder viver alguns deles com você? Ou seja: tem corrido atrás de quem não corre atrás ou agora tem corrido ao lado de quem sempre correu atrás de você?

É muito cômodo jogar nas costas da vida o peso das coisas não darem certo.

“Já entendi que meu destino é sofrer”, “só conheço gente que não presta”, “a vida não vai muito com a minha cara”, “eu nem lembro da última vez que fui feliz”. São tantas reclamações que entendo como deve ser impossível enxergar alguma coisa boa no meio disso tudo. Mas acredite: há. Sempre houve. Sempre haverá.

Você sabe que lá no fundo a vida tem te dado um monte de sinais como se falasse: “vem por aqui pra ser feliz”, mas você prefere ignorar e ir na direção do “quero insistir, vai que dar certo”. Você sabe que já ignorou muitas pessoas ao mesmo tempo que dava atenção para outras que, por sua vez, te ignoravam.

Preste mais atenção nas mensagens que te respondem do que nas que te ignoram.

Não me diga que teu argumento é aquele de que “a gente gosta mesmo é do difícil”. Se fosse assim seríamos eternos apaixonados pelo trânsito de todos os dias, pelo metrô lotado, pelo aumento que nunca vem, pelo cabelo que acorda uma bosta e, bem, convenhamos que não. “Ah, mas isso de difícil é mais no sentido sentimental”.

Ok, então seríamos eternos apaixonados por mensagens ignoradas, por agressões, por desconfiança, por traição, nossa, amaríamos ser traídos! Uau, como gostamos do difícil! Não me venha com essa! A gente gosta mesmo é de ser feliz, só vamos aprendendo a lidar com os meios. Desse modo, é inteligente saber enxergar, repito, os sinais que a vida dá antes de te dar alguém.

Tem alguém dentro desses sinais. Talvez não alguém que morrerá ao lado (ou sim?), talvez não alguém como aquele tipo que você costuma gostar (ou passará a ser?), mas alguém disposto a te provar que você não é só mais um alguém.

domingo, setembro 20, 2015

::: Canção Pra Não Voltar :::
A Banda Mais Bonita da Cidade

Não volte pra casa, meu amor, que aqui é triste
Não volte pro mundo onde você não existe
Não volte mais
Não olhe pra trás
Mas não se esqueça de mim, não
Não me lembre que o sol nasce no leste e no oeste morre depois
O que acontece é triste demais
Pra quem não sabe viver, pra quem não sabe amar

Não volte pra casa, meu amor, que a casa é triste
Desde que você partiu, aqui nada existe
Então não adianta voltar
Acabou o seu tempo, acabou o seu mar, acabou seu dia
Acabou, acabou

Não volte pra casa, meu amor, que aqui é triste
Vá voar com o vento que só lá você existe
Não esqueça que não sei mais nada
Nada de você
Não me espere porque eu não volto logo
Não nade porque eu me afogo
Não voe porque eu caio do ar
Não sei flutuar nas nuvens como você
Você não vai entender
Que eu não sei voar
Eu não sei mais nada

Dó com baixo em dó
Sol com baixo em si
Lá com baixo em lá
Lá com baixo em sol
Fá com baixo em fá
Fá com baixo em fá sustenido
Sol com baixo em sol
Sol com lá bemol
Dó maior com dó
Sol maior com si
Lá menor com lá
Lá menor com sol
Fá com baixo em fá
Fá com baixo em fá sustenido
Sol com baixo em sol
Sol com lá bemol

sábado, setembro 19, 2015

::: Como vi meu ex se apaixonar por outra pelo Facebook :::
Kirsten King

Era uma tortura, mas fiquei viciada em saber tudo o que rolava com ele pelas redes sociais.

Nós terminamos no estacionamento de uma pizzaria. Ele queria casar. Queria filhos, um emprego decente e um quintal grande para ter cachorros. Eu queria Nova York. E Londres. Talvez a Tailândia por um ou dois anos. Queria escrever e morar num apartamento horrível e viver uma paixão desajustada. Eu tinha acabado de fazer 21 anos e ainda não queria algo tão fácil.

Pedimos uma pizza para viagem, sentamos no carro dele e comemos em silêncio. Preferimos isso a pagar o serviço e ouvir a rádio horrível dos anos 90 que tocava dentro do restaurante, ou talvez fosse simplesmente melhor comer em silêncio.

“Tem alguma coisa errada”, eu falei.

“Erraram o pedido?”, ele perguntou preocupado, me lembrando porque eu amava ele.

“Não. Não com a pizza. Com a gente”, eu falei.

Sobrou um pouco de molho no queixo dele. Limpei com o dedo, mesmo sem saber se deveria. Chorando, nos prometemos várias coisas impossíveis, com a pizza não-comida gelando nos nossos pés. Quem sabe em alguns anos, falamos. E eu acreditei nisso por mais tempo do que deveria.

Foi minha justificativa para, três meses depois, espiar o perfil de Facebook dele durante uma madrugada. Eu me prometi que só queria saber se eles estava bem. Eu me convenci que só queria saber se ele tinha conseguido um emprego. Sabe, checar se está tudo bem com os pais deles. Sempre havia um motivo para visitar o perfil dele.

A primeira foto deles juntos foi tirada em uma festa. Acho que era uma festa pelo copo de plástico na mão dela e o sorrisinho meio bêbado dele – aquele do qual eu tanto tirava sarro. Ele segurava ela pela cintura e enquanto eu olhava para a tela do computador, tentei não me lembrar de como eu me sentia quando ele colocava a mão na minha cintura. Talvez eles sejam só amigos. Será que eles já se conheciam enquanto namorávamos? Fiquei pensando se já tinham dormido juntos.

Eu me lembrei que não tinha o direito de me importar com isso. Mas eu me importei. Eu fechei o laptop com tudo. Já tinha me torturado o suficiente por uma noite. Mas assim que eu dormi, sonhei com ele.

Era inverno. A neve estava suja no estacionamento da loja de conveniência onde compramos papel higiênico. Estávamos encostados no carro e eu sentia que estava congelando. Ele respirou perto de mim, aquela nuvem de ar quente me aquecendo. Como em qualquer sonho desse tipo, a história não fazia sentido algum. Por que estávamos parados e não andando? Por que estávamos dirigindo o carro da minha mãe em vez do dele? Por que ele estava sem casaco? Por que ainda estávamos juntos?

Eu tirei minhas luvas e coloquei as mãos por baixo da camiseta dele, procurando seu peito. Ele sentiu arrepio e sorriu para mim.

“Eu só estou aqui para aquecer suas mãos, né?”, ele disse.

“Talvez”, eu dei uma risadinha.

Acordei com frio, procurando por ele na minha cama.

O momento depois de acordar sempre foi o pior de todos. Naquele momento, eu sentia que o sonho era real, que talvez a gente nunca tivesse terminado. Naquele momento em que eu voltava a dormir, desejando mais do que tudo colocar minhas mãos no peito dele. Aquele momento em que eu lembrava quão fácil era amar e ser amada e que parecia impossível que aquilo não fosse mais o caso.

Eu peguei meu celular no criado-mudo e dei uma olhada no Twitter. Eu precisava estar com ele, do jeito que fosse. Lendo os posts dele, conseguia ouvir a sua voz. Eu imaginava ele dando risada das próprias piadas antes de postar e sorria pensando nisso. Eu ouvia tão bem a voz dele que por um minuto nem me senti tão sozinha.

Seis meses depois de terminar, outra foto surgiu: ele e a garota do copo de plástico num jogo de baseball. Senti um nó no estômago quando entendi que ela se tornaria alguém presente na vida dele. Olhei aquela foto, cada um segurava uma bebida. Me perguntei se ela gostava de esportes ou só estava lá pela cerveja e pelos cachorros quentes, como eu. Ou se ela adorava olhar a calça justa dos jogadores, ou falar do pessoal bêbado em volta dela. Ou se eles estavam se divertindo.

Vendo eles juntos, com aqueles sorrisos sinceros e copos cheios, ainda assim não entendi que ele tinha superado. Talvez em alguns anos – eu sempre lembrava daquela promessa com facilidade. Eu não queria ele agora, mas isso não significava que eu não poderia ter ele nunca mais.

Eu não conseguia aceitar que ele podia se apaixonar por outra enquanto eu ainda o amava. Naquela época, eu não entendia que o amor podia ser algo tão platônico. Eu não conseguia imaginar que ele falava para ela coisas que tinha falado para mim, ou que olhava para ela do mesmo jeito que me olhou um dia.

Estava tão iludida que sentia dó dela. Aquela coitada que tinha um namorado que amava a ex. Engraçado como é fácil acreditar no inacreditável para não se magoar.

Eu pensava nele deitado na cama, olhando para o teto, desejando que aquela garota ao lado dele fosse eu. Era mais fácil imaginar que ele não conseguia dormir, me procurando pela cama, do que acreditar na real: que ele não estava pensando em mim.

A internet me contou várias coisas sobre ela. Que ela era linda e inteligente. Que ela era sociável e tinha um sorriso doce. Eu queria odiá-la, mas não conseguia. Ela tirava fotos com crianças e sorria de forma muito sincera. Ela ria de um jeito que me parecia autêntico. Ela parecia uma daquelas mulheres que não demora para se arrumar.

Olhava para a foto do perfil dela e depois para a do meu, tentando sair de dentro de mim e ser um juiz justo comparando nós duas. Olhava para nossos perfis e via tudo que a gente tinha em comum, e tudo que a gente não tinha. Meu rosto é mais angular que o dela, meu cabelo é menos loiros. Meu sorriso não é tão espontâneo, a não ser nas fotos em que eu estava com ele. Ela fazia mais trabalho voluntário que eu, mas eu parecia sair mais. Ela parecia vir de uma família com dinheiro, e eu parecia viver de roupas de doação e uma lista de supermercado enxuta. A gente tinha nossas diferenças, mas também tinha similaridades óbvias: amávamos nossas famílias, nossos amigos e o mesmo cara.

Foram meses assistindo eles se marcarem em fotos até a mudança do status de relacionamento. Eu sofria vendo eles trocando piadas internas no Twitter e especulava do que eles estavam falando. Percebi quando ela ficou amiga das irmãs dele e tirou fotos com a sogra. Fui a espectadora da viagem de férias dele, enquanto ele usava um relógio que foi presente meu. Vi eles dirigindo juntos no carro em que nos beijamos - o mesmo carro em que terminamos.

Eu vi o relacionamento deles chegar a fases que o nosso tinha chegado, e a fases que não tinha.

Eu me perguntava se eles brigavam. Me perguntava se o que ele fazia que tanto me irritava também incomodava ela. Me perguntava se ela também queria o quintal grande e o emprego estável.

Sim, eu poderia parar de acompanhar eles a qualquer momento, mas era um vício. Eu queria saber o que ia acontecer. Se eles iam dar certo. Ou, talvez, se não iam.

Apesar de me torturar tanto, nunca falei com ele.

Eu ainda queria Nova York. E Londres. E talvez a Tailândia por um ou dois anos. Nada tinha mudado. Mas eu gostava de ver as fotos daquele dentucinho. Eu gostava das caras bobas que ele fazia quando não estava pronto para a foto. Ele me lembrava de como era me apaixonar, e eu gostava disso.

Nós estávamos em caminhos opostos, mas eu ainda sentia uma atração inexplicável por ele. Era tão bom ter ele ali, tão acessível, mesmo se ele não estivesse de fato.

Eu não me achava uma stalker, mas talvez eu fosse – espiando a vida feliz de alguém por uma janela virtual. Acho que pensava que, só por vê-lo na tela do computador, de alguma forma ele ainda era meu e talvez eu não estivesse sozinha e talvez alguém me amasse. Talvez ele também estivesse espiando minha vida.

Com o passar do tempo, entrei menos no perfil dele. E quando eu entrava, não doía mais tanto. Ao contrário, passou a ser quase um tédio, uma dor familiar que deixa cicatriz, mas você sente mais a dor pela lembrança do que por qualquer outra coisa.

Comecei a conseguir passar uma hora sem pensar nele. Depois foram algumas horas, um dia, uma semana, um mês.

Hoje, quando entro no perfil dele, quase não sinto mais nada. Tenho orgulho quando algo de bom acontece na carreira dele, e fico triste se alguém morre. Fico feliz por ele estar apaixonado. Fico feliz que a garota do copo de plástico encontrou um homem tão bom.

Talvez hoje ele seja diferente. Não dê aquele ronquinho quando ri ou não faça sanduíche de pizza antes de comer. Talvez eu não conheça mais ele. Ainda assim, entrar no perfil dele me lembra de como fui capaz de amar e que sou digna de ser amada. Eu me lembro de que quando você realmente se importa com a outra pessoa, você nunca realmente a esquece.

quarta-feira, setembro 09, 2015

::: Rio de Janeiro ::: 
João Luis Jr

[uma coisa que aconteceu comigo semana passada no metrô e que, se eu fosse convidado pra participar de uma dessas coletâneas do tipo "i love rio" seria a trama do meu segmento]

daí que eu tinha saído do futebol lá na tijuca e entrei no metrô. no rosto aquele cansaço e aquele desespero que apenas o atleta de meio de semana e o jogador profissional márcio araújo conseguem demonstrar, o corpo como uma imensa pokebóla contendo dentro dela um pokemon chamado “dor” que falaria apenas “dor dor dor dor...arrependimento!”.

por ser a primeira estação as cadeiras tão vazias, sem aquele dilema moral de sentar ou não, então pego uma cadeira perto do final do vagão, me sento, coloco minha mochila do lado, vou dar aquela respirada funda que apenas pessoas cansadas e psicopatas de filme dão, e o metrô vai chegando na segunda estação. logo após ele chegar, eu, já respirando normalmente, decido pegar um livro na mochila e começo um elaborado processo de busca arqueológica porque apenas vou jogando as coisas lá dentro, sem muito critério.

é aí então que ouço a porta do fundo do vagão se abrindo - não era daqueles vagões novos, vazados, era dos vagões antigos, com portinha de maçaneta - mas sigo na busca pelo livro, que aparentemente se colocou entre uma cueca e meu tênis de ir pro trabalho. e aí eu, olhando na direção contrária, ouço o cara que acabou de entrar no vagão gritar bem alto

“QUEM TIVER DINHEIRO NA CARTEIRA AÍ JÁ PODE IR SEPARANDO PRA ME PASSAR, NADA DE GRACINHA, PODE SEPARAR...”

e aí o tempo, num fenômeno que eu, que tranquei a faculdade de ciência no terceiro período, só posso classificar como “muito doido”, se dilata mas também se comprime. se dilata porque eu tive tempo de pensar cerca de mil vezes o mantra “perdi tudo, vou morrer, perdi tudo, vou morrer, perdi tudo, vou morrer” e comprime porque eu nem tive tempo de conseguir achar a caceta do livro. tava muito escondido o livro. eu preciso organizar melhor essa bolsa, tá complicado achar qualquer coisa.

mas era aquilo. perdeu perdeu, e quando tu perde tu apenas perde, respira fundo, aceita que é a vida, aguenta o parabéns, com vela e tudo, com é big é big é big, porque se reagir é pior, vamos viver pra lutar outro dia. mas aí o cara, que tinha invadido o vagão gritando, completa a frase dele, é claro.

“QUEM TIVER DINHEIRO NA CARTEIRA AÍ JÁ PODE IR SEPARANDO PRA ME PASSAR, NADA DE GRACINHA, PODE SEPARAR...”

“...PORQUE EU TÔ VENDENDO O CHOCOLATE MAIS GOSTOSO DO RIO DE JANEIRO!”

e aí ele dá uma risada. aquela risada gostosa, aquela risada cheia, aquela risada do olho brilhar.

o filho da puta.

o filho da puta tava vendendo chocolate.

o filho da puta tava vendendo suflair.

peguei meu livro, xingando baixinho só pra mim. as pessoas ainda compraram uns 10 reais de suflair dele. a galera é foda, sério. a galera é foda.

quarta-feira, agosto 19, 2015

::: A diferença entre gostar, se apaixonar e amar :::
Por Jéssica Pellegrini

Gostar é muito relativo.
Gostar de alguém é sentir um frio na barriga, mas manter os pés no chão. Gostar é querer estar junto, mas sem descartar outras oportunidades. Gostar é beijar, mas de vez em quando, abrir os olhos discretamente para conferir o ambiente. Gostar é abraçar forte, mas não por muito tempo. Gostar é se dedicar, mas com limites impostos. Gostar é querer ter, mas não ser seu. Gostar é querer dormir junto, mas acordar cedo no dia seguinte para outros compromissos.

Gostar é sair, mas voltar para o trabalho pontualmente. Gostar é admirar as qualidades, mas ainda reparar nos poucos ou pequenos defeitos. Gostar é andar de mãos dadas, mas não sentir segurança. Gostar é dividir o chocolate preferido, mas ainda assim, ficar com a maior parte.

Gostar é passar o domingo juntos, mas fazer planos mirabolantes na segunda-feira. Gostar é tirar do sério, mas com finalidade de testar o ponto fraco do outro. Gostar é frequentar a sua casa, mas com o status de estarem se conhecendo. Gostar é fazer planos, mas não ultrapassar mais de três dias. Gostar é viajar, mas sentir saudade do que ainda não acabou.

Gostar de alguém é como ter o jogo ganho, mas faltar uma carta. O verbo gostar traz consigo muitas incertezas e, ao mesmo tempo, muitas descobertas. Gostar de alguém é um risco do desconhecido.

Ao se apaixonar, você enlouquece.
Depois de conhecer um pouco esse alguém, as atitudes e as vontades acabam ficando completamente incontroláveis. A paixão é um sentimento que descontrola qualquer racionalidade. As emoções explícitas são a principal marca dessa sensação.

Se apaixonar por alguém é sinônimo de entrega absoluta. Os erros se tornam acertos, o longe se torna perto, o tarde se torna cedo, a noite se torna dia, a pobreza se torna riqueza, o frio se torna calor, o ruim se torna bom, a fome se torna saudade, o sono se torna pensamentos.

Se apaixonar por alguém é se perder, ou se encontrar por alguém.

Se apaixonar é sentir o sangue correr nas veias e sentir arrepios com simples toques. Se apaixonar é descobrir qualquer tipo de alegria na dor, é expressar através do olhar o que as palavras não são capazes de traduzir. Se apaixonar é perder prazos, horários e tarefas importantes. Se apaixonar é se doar, é correr contra o tempo, é se permitir e sem restrições, deixar transparecer o melhor que você possa ser.

Se apaixonar é tirar a roupa sem pensar duas vezes. Se apaixonar é curtir todos os momentos, e em cada brecha, encontrar uma chance para satisfazer os desejos. Se apaixonar é agir por impulso e depois arcar com as consequências, boas ou ruins. Se apaixonar é sentir um tesão incontrolável, é deixar a vontade carnal sobressair ao seu juízo. Se apaixonar é suar, tremer, gritar, gemer, arranhar, morder.

Se apaixonar é ficar cego. E só depois de incendiar todas as labaredas, tentar se acalmar e fazer de tudo para manter todas as chamas acesas.

Amar alguém é ter todas as certezas de uma só vez.
Amar alguém é viver o presente, absorver o melhor do passado e planejar o futuro. Amar alguém é transformar os sonhos em realidade. Amar alguém é cuidar, zelar e proteger. Amar alguém é não ter dúvidas. Amar alguém é transformar uma briga em um ensinamento. Amar alguém é criar laços, ter filhos, envelhecer lado a lado. Amar alguém é resistir a todas as tentações, desavenças, crises, ciúmes, egoísmo. Amar alguém é surpreender, é presentear. Amar alguém é deixar claro o quanto essa pessoa é essencial, é dizer o quanto tudo mudou desde que ela se fez notável, é não ter vergonha de demonstrar qualquer afeto.

Amar alguém é se libertar, compartilhar e somar. Amar alguém é oferecermos toda a nossa bagagem de experiências, para conhecer e compreender o outro. Amar alguém é fazer essa pessoa feliz, proporcionar noites de sono tranquilas, é suprir todas as necessidades. Amar alguém é estender as mãos, apoiar, contrariar, mas nunca abandonar.

Amar alguém é trabalhar a paciência. É ressaltar a persistência e provar toda a sua determinação. Amar alguém não é um sacrifício, é sentir-se leve. Amar alguém não é se prender, é ter muitas opções e ainda assim, escolher ficar.

Amar alguém é abrir mão do seu amor. Amar alguém, às vezes, pode ser a sua pior dor. Amar alguém é uma ferida que nunca vai cicatrizar ou deixar de existir. Amar alguém é carregar consigo a pessoa, por onde quer que você esteja. Amar alguém é, em alguns casos, uma renúncia. Amar alguém é querer esquecer, e não conseguir. Amar alguém é decisão do seu coração, e não uma opção indicada pelo seu dedo. Amar alguém não é responsabilidade do cupido, é a sentença que precisa ser cumprida. Amar alguém é confiar, transmitir segurança e não medir esforços.

Amar alguém é deixar a pessoa partir, e ainda assim, fazer de tudo para ela voltar. Amar alguém é sofrer calado ao ver que esse amor, não é mais seu. Amar alguém é ser repetitivo, tanto nas lágrimas que insistem em escorrer, quanto nos assuntos recorrentes. Amar alguém é perdoar e ceder.

Amar é precisar desistir, é perder todas as forças, mas continuar insistindo.

Em todos os casos mencionados acima, eu não prometo um final feliz. Afinal, os sentimentos são como o mar: seduzem e depois podem afogar. De qualquer forma, a regra é clara: o que me oferecerem, eu ofereço três vezes mais.

Por garantia de qualidade, a satisfação comprovada vai te fazer voltar mais vezes.

E você vai casar comigo, sem mais.

sexta-feira, maio 22, 2015

::: Encerrando Ciclos :::
Gloria Hurtado

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora... Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és. E lembra-te:Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

domingo, maio 03, 2015

::: Oração :::
A Banda Mais Bonita da Cidade

Meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe essa oração

sábado, abril 25, 2015

::: A Despedida do Amor :::
Martha Medeiros

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.

É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente…

E só então a gente poderá amar, de novo.

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.

A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

sexta-feira, abril 17, 2015

::: This Time :::
Darren Criss

These walls and all these picture frames
Every name they show
These halls I've walked a thousand times
Heartbreaks and valentines, friends of mine all know

I look at everything I was
And everything I ever loved
And I can see how much I've grown
And though the mirror doesn't see it
It's clear to me, I feel it
I can make it on my own

I'm not afraid of moving on and letting go
It's just so hard to say goodbye to what I know
I know

This time no one's gonna say goodbye
I keep you in this heart of mine
This time I know it's never over
No matter who or what I am
I'll carry where we all began
This time that we had, I will hold forever

This old familiar place is
Where every face is another part of me
I played a different game then
They called me a different name then

I think of all the things I did
And how I wish I knew what I know now
I see how far I've come and what I got right
When I was looking for that spotlight
I was looking for myself
Got over what I was afraid of
I showed 'em all that I was made of
More than trophies on a shelf

For all the battles that we lost or might have won
I never stopped believing in the words we sung
We sung

I'm looking out from the crossroads
I don't know how far away I will roll
I take a breath, I close my eyes
Your voice will carry me home

I keep you in this heart of mine
This time I know it's never over
No matter who or what I am
I'll carry where we all began
This time that we had, I will hold
This time that we had, I will hold
This time that we had, I will hold forever
Forever

sábado, novembro 22, 2014

::: Peito Aberto :::
Kid Abelha

Me dá a mão
Me leva embora
Passou da hora, já bebi demais
Ninguém mais me considera
só velhos, bêbados e animais

Gastei tanta palavra por gastar
Agora as pobres tentam se salvar

Me pega e leva
Porque eu te amo
Andei fugindo mas estou aqui
Escutando baladas bregas
Deixar de te amar não é pra mim
Não se deixa de amar assim

Seja como for
mas seja sempre o meu amor, perpétuo
onde estiver, esteja
onde está
meu peito aberto

Me pega e leva
Porque eu te amo
Andei fugindo mas estou aqui
derretido, sentimental

Porque deixar de amar não é normal
Não se desama dando um mero tchau

Seja como for
mas seja sempre o meu amor, perpétuo
onde estiver, esteja
onde está
meu peito aberto

quinta-feira, setembro 25, 2014

Como está doendo... :'(

::: Receita para se esquecer um grande amor :::
Marcelo Maroldi 

Às vezes eu fecho os olhos, inspiro e procuro sentir a presença de quem já não está por perto. É um método que eu inventei tempos atrás..., e uso sempre quando o amor se transforma em saudade.

Os grandes amores existem. As grandes paixões existem. Eles existem. Eles simplesmente existem. Eu desejo que todo ser humano possa sentir o que eu um dia já senti. Somente uns poucos minutos daquele entorpecimento juvenil, daquela inundação de sentimentos que enlouquecem, daquela loucura toda que te envolve, te amedronta, aquela confusão monstruosa que vivi quando amei. E quando fui amado. Uma paixão avassaladora que me fez acreditar que eu ainda permanecia vivo. Vivo e amando. E amado. Mas, agora, eu fecho os olhos para dormir. A cama cresceu tanto de tamanho, o meu peito cada vez está menor. E muito mais vazio. Ninguém a me ninar. A minha mão não encontra a sua. Quem foi que viu a minha Dor chorando?! (Augusto dos Anjos, "Queixas Noturnas". Mas, no meu caso, diurnas também). Eu quero uma receita para se esquecer um grande amor, o senhor tem aqui para vender? O preço não me interessa, eu só quero poder seguir em frente. Nem precisa ser em frente..., basta seguir. Porque A minha vida sentou-se/ E não há quem a levante (Mário de Sá-Carneiro, "Serradura").

E o vazio logo aparece, não dá um minuto de folga (“meter a cara no trabalho” é algo que também não tem funcionado). O telefone não toca naquela hora, a minha caixa de e-mails não tem pena de mim, já não tem novidade boa a me contar. Uma sensação leve e prematura de derrota logo se apodera da gente. Depois ela cresce. Já não é mais sensação, é derrota mesmo. Eu não tenho mais para quem escrever os meus defeituosos poemas, a quem dedicar meus pensamentos, quem vai me acalmar quando a agonia aparece sem avisar? Eu me sinto tão sozinho. Por vezes eu nem me sinto. Meus olhos não vertem lágrimas, o meu coração não dispara. Será mesmo que estou vivo? Ainda nem maldisse toda a minha sina e mazela, nem afoguei minhas (agora) crônicas mágoas na cachaça libertadora, também não há outro perfume no meu corpo. Viver é amar, um dia me explicaram direitinho. Eu era inocente e acreditei. Só inocentes e tolos crédulos aprendem isso, eu tive o azar de ser um deles. Nem ouso reclamar.

Quando acordei foi em você que eu pensei. Provavelmente pensei em ti durante toda a noite também, mas dessa vez tive a sorte de não recordar. Não importa como minha vida esteja seguindo, é sempre em seu sorriso que meus pensamentos se convergem. Não há fuga nem plano B. Eu aprendi que não é te esquecendo que irei me livrar de você. Não importa quanto tempo transcorra, jamais me esquecerei daquela noite, aquela, quando estupefata você ouviu minha curtíssima e derradeira declaração de amor. Metade do tempo eu reflito sobre o que ela significou e o que ela irá se tornar em alguns parcos anos. Logo, meu coração será de outra, as suas coisas queimarei no quintal (afastando a cachorra para que não se queime) e essa frase eu voltarei a dizer. Mas não para ti, jamais para ti, nunca mais para ti... Você será apenas uma lembrança, feito tantas outras, e eu serei apenas uma lembrança para você... feito tantas outras. Já não me amas? Basta! Irei, triste, e exilado/ Do meu primeiro amor para outro amor, sozinho (Olavo Bilac, "Desterro").

Quem errou mais? Isso não importa agora, logo, posso ficar com toda culpa pelo nosso fracasso. Sempre sonhei com algo diferente, como nos contos de fadas e nos pagodes de três notas (e se me perguntam Que era mesmo que eu queria?/ ”Eu queria uma casinha/ Com varanda para o mar/ Onde brincasse a andorinha/ E onde chegasse o luar”, Vinicius de Moraes, "Sombra e Luz"). A realidade foi deveras distinta disso, só Deus é testemunha das minhas queixas. Mas, nesse momento, nada disso importa, nada do que doeu agora importa. Eu vou ficar aqui, sozinho, com minhas lembranças e nosso fracasso. Vou lembrar das partes boas, para me emocionar com a saudade. Não lembrarei de nenhuma briga, nem nada disso! Eu quero uma receita para esquecer dos momentos ruins, dos bons eu não preciso. Não preciso e não quero. Para que esquecer do que me orgulho? Do que me fez feliz? Deixa a saudade me machucar, meu anjo, uma hora ela se cansa. Eu não abro mão de recordar o quanto fomos felizes. Acabou, mas não sem muito amor. É o fim, mas não antes de muitas promessas de eterna felicidade. É isso o que vale, afinal. Eu busco isso a cada instante de minha vida.

Mas agora ele está lá e eu aqui. Ele está lá seguindo a vida dele, e eu estou aqui, seguindo a minha. Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte (Neruda, "Aqui eu te amo"). Ela esta lá vivendo a vida dela como se nada tivesse acontecido. Acho, realmente não sei dizer (Teus olhos são duas silabas/ Que me custam soletrar./ Teus lábios são dous vocábulos/ Que não posso,/ Que não posso interpretar Fagundes Varela, "Canção Lógica"). Eu aqui, não triste, mas saudoso. Às vezes eu olho para os céus para descobrir se sinto algo de novo. Quem sabe um daqueles meus suspiros. Passo horas olhando as estrelas, sem entender por que elas brilham. Elas deveriam fazê-lo somente quando você fosse minha, não em qualquer situação. Mas você segue a sua vida, almoça feliz e se diverte enquanto procuro a receita para te esquecer. Sei que não irei sofrer, o que me castiga é a saudade. Não irei chorar, nem lamentar, tampouco desejar a morte. Irei apenas seguir em frente, sozinho agora, às vezes pensando: o que será que ela faz nesse momento?, agora que chove lá fora! O que será que ela faz? Será que pensa em mim? Será que sorri? Eu abro os braços para envolver a minha vida.

Lembra da música da Elis? Vou querer amar de novo e se não der eu não vou sofrer...? Preciso te dizer a verdade: se isso acontecer, eu vou sofrer sim, meu coração só existe para amar de novo, espero que você entenda. Eu sigo a minha vida por aqui, você continue a sua por aí. Se consegui a receita para se esquecer de um grande amor? Não, parece que isso não existe mesmo. A minha é seguir em frente, então, e quando não der, chorar, não há problema nenhum isso, quem aprende a amar, aprende a chorar também (Paulinho da Viola, "Amor Amor") . Eu aprendi, pratiquei contigo, jamais te esquecerei.

Cantemos a canção da vida,/ na própria luz consumida...


(Mario Quintana, "Inscrição para uma lareira")


"O ganhador", Lêdo Ivo (sempre ele!):

Tudo o que ganhei se desfez no ar como uma metáfora. 
Agora só guardo o que perdi: 
o vento que soprava na colina, 
a neve que caía no aeroporto 
e o teu púbis dourado, o teu púbis dourado.

domingo, setembro 21, 2014

::: Relações :::
Martha Medeiros

“Por quantas fases passa uma relação? O frio na barriga inicial, a paixão febril, as surpresas a cada nova revelação, as descobertas feitas a dois, a aproximação dos corpos, a intimidade cada vez maior, os amigos e a família agregando-se, cada viagem uma lua de mel, a troca de confidências, as diferenças aparecendo, os acordos feitos para manter a coisa funcionando, ajustes necessários, a paixão virando amor, a segurança da companhia um do outro, as fotografias se acumulando, planos sendo feitos a longo prazo, a primeira briga, as saudades.
Amar não é para amadores, e quando a relação é honesta, sólida e os protagonistas têm algum tutano, duvido que o enfado dê as caras.”

quinta-feira, setembro 18, 2014

::: Mudanças :::
Martha Medeiros

Toda mudança cobra um alto preço emocional. 
Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.
Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
::: Sobre o amor :::
Martha Medeiros

Amor que exige insistência, persistência, paciência: virou história de amor.
Se fosse amor, nada além de amor, navegaria em águas mais tranquilas, não exigiria tanto de seus protagonistas, o entendimento seria instantâneo, sem exagero de empenho, desgaste, sofrimento. Aff.
Histórias de amor são fantásticas na primeira parte, tiram o ar, movimentam a vida, mas da segunda parte em diante viram teimosia dos autores, que relutam em colocar o ponto final na saga que eles próprios criaram.

quinta-feira, setembro 04, 2014

::: Welcome To My Life :::
Simple Plan

Do you ever feel like breaking down
Do you ever feel out of place
Like somehow you just don't belong
And no one understands you

Do you ever wanna runaway
Do you lock yourself in your room
With the radio on turned up so loud
That no one hears you screaming

No you don't know what it's like
When nothing feels all right
You don't know what it's like
To be like me

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around

To be on the edge of breaking down
And no one's there to save you
No you don't know what it's like
Welcome to my life

Do you wanna be somebody else
Are you sick of feeling so left out
Are you desperate to find something more
Before your life is over

Are you stuck inside a world you hate
Are you sick of everyone around
With their big fake smiles and stupid lies
While deep inside you're bleeding

No you don't know what it's like
When nothing feels all right
You don't know what it's like
To be like me

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around

To be on the edge of breaking down
And no one's there to save you
No you don't know what it's like
Welcome to my life

No one ever lied straight to your face
And no one ever stabbed you in the back
You might think I'm happy
But I'm not gonna be okay

Everybody always gave you what you wanted
You never had to work it was always there
You don't know what it's like
What it's like

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around

To be on the edge of breaking down
And no one's there to save you
No you don't know what it's like

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around

To be on the edge of breaking down
And no one's there to save you
No you don't know what it's like

Welcome to my life

terça-feira, julho 15, 2014

"Eu não espero que você seja o-grande-amor-da-minha-vida, parei de acreditar nisso… Não quero que você me faça chorar. Não quero que você seja um motivo ruim na minha vida. Você é motivo de sorrisos, razão pra eu acordar num dia de chuva e tomar banho e mudar de roupa porque eu sei que você vai passar aqui… Não quero te odiar. Não quero falar mal de você pros outros. Pras minhas amigas. Quero falar mal de você como quem ama. Pois é, ele nunca lembra de desligar o celular antes de dormir e sempre alguém do trabalho liga. Sabe, eu quero dizer isso. Que o máximo de irritação que você me provoca é me acordar de manhã cedo falando bobagens que parecem ser importantes no celular. Não quero que você me largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você não passasse a comer de boca aberta. Que você entendesse o meu problema com chãos de banheiro molhados pra sempre. Que você gostasse e cuidasse de mim como disse ontem à noite que cuidará. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga não estraga não estraga. Posso pôr um post-it na sua carteira? Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece… Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço."

(Tati Bernardi)